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  • Foto do escritorFernanda Alves Curbage

Família êh! Família ah!

Hoje, 15 de maio, celebramos o Dia Internacional das Famílias proclamado pela ONU em 1993. Neste dia, temos a oportunidade de promover a conscientização sobre às inúmeras modalidade e formas de famílias.

Revisitar nossa história propícia um pensamento crítico sobre os processos sociais, econômicos e demográficos na formação do conceito de família atual. Percorrer este caminho histórico abre o diálogo, aumenta o conhecimento e permite entender as conquistas sociais de hoje.

Pedindo ajuda do psiquiatra Joel Birman, que conduz um brilhante relato sobre a história das famílias e como ela se transformou no tempo. Em breves linhas:

Família Pré-Moderna, ou também chamada família extensa, era estritamente patriarcal, tendo a figura do pai no poder absoluto e mãe com seu papel de reprodutora. No espaço da família pré-moderna a soberania era paterna e várias gerações coabitavam o mesmo núcleo familiar.

Família Moderna, fim da hierarquia entre homem e mulher, a mulher ganha novos poderes e direitos. Porém, fundamentada nas diferenças anatômicas e fisiológicas (que os individualizam como homens e mulheres) cada qual deveria assumir um papel social, ou seja, a mulher como mãe e gestora do espaço doméstico e o homem como provedor e gestor do espaço público.

Nas palavras de Birman: “A teoria da diferença sexual quer dizer: esta certo que as mulheres podem ter os mesmos direitos que os homens, só que considerando a natureza da mulher e do homem, tem funcionalidades sociais, politica e civilizatórias diferentes.”

A partir do seculo XIX, ter uma família bem qualificada significava dizer que as crianças são objeto de todos os investimento em torno do qual a organização da família se dá. Uma criança saudável, bem educada e bem qualificada condensa toda as possibilidade de uma nação rica.

“A criança é a representação do futuro, ao dizer isso, estamos condensando na criança toda a riqueza de uma nação”

Os idosos, são retirados da figura de central de sabedoria. E é marginalizado. Todo o desempenho da família esta focado que a sua “reprodução biológica”, vulgo a criança, possa possibilitar um processo de acensão social.

Família Contemporânea, é fato dizer que os papéis e relações de poder ainda estão sendo definidos, então o que podemos identificar até então:

A mulher disputar os espaços públicos com os homens, fazendo com que a família contemporânea necessite de rearranjos estruturais. A mulher, não está satisfeita “apenas” com o papel de mãe. O casamento é colocado como momentâneo e não eterno. Iniciam-se as famílias monoparentais ou famílias reconstituídas.

Consequências das novas estruturas familiares atingem as crianças. As novas famílias esperam que as escolas façam as sociabilidades primárias e secundárias. E assim, esta ausência de maternagem na construção subjetiva da criança em terra idade, geram crianças mais fragilizadas e adultos mais fragilizados, Para André Green, se intitula de narcismo negativo.

A crítica neste viés não é à mulher, mas sim aos homens que “aceitaram” a entrada da mulher no ambiente público, porém, não se dispuseram à compartilhar as demandas do ambiente doméstico. Assim, deu-se a perda da autoridade da família sobre às crianças, como consequências da não atribuição pela família da sociabilidade primária à criança.

Estas considerações são reflexões primárias sobre um tema extremamente polêmico e controverso. Me coloco à disposição para um debate, filosófico, acadêmico e até mesmo político. Todos temos a ganhar na reflexão, é enriquecedor.

Fontes:

A evolução da Família – https://www.youtube.com/watch?v=74uaghhoxns

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