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  • Foto do escritorFernanda Alves Curbage

Polarização, até quando?

Podemos carregar e preservar posturas conservadoras ou liberais. Esquerda ou direita. Defendermos devotamente um lado ou outro. Há tempos o Estado democrático nós garante tais pensamentos e atitudes.

A única exigência do campo do conhecimento é a demostração argumentativa que dê base e suporte aos seus ideiais. Logo, se forem apenas opiniões, serão apenas opiniões inservíveis ao debate.

No campo acadêmico e filosófico, disse Hegel: “Quem exagera o argumento, prejudica a causa”. Ou seja, a causa que buscamos na discussão política deveria ser: qual a melhor alternativa para a co-existência pacífica e agregadora dos desejos e ambições de uma sociedade multifacetada, e atualmente, vivenciando o enfrentamento de uma epidemia mundial?

É anti-democrático, para ambas as bandeiras, utilizarem-se deste momento caótico para fazer valer o atendimento de seus interesses individualizados em face aos demais. Neste dualismo político exige-se aos indivíduos um posicionamento polarizado de um lado ou de outro. E assim, removendo destes a capacidade argumentativa, ou ainda pior a capacidade de OUVIR o argumento do outro. Exige-se uma atitude de ataque. Dentre as mais comuns: palavras de ordem, protestos, gritos e ameaças.

Enquanto nas redes sociais postulam-se como território livre, amplo e acessível à todos, para promoção de opiniões. Deveras à cautela, pois quando tais opiniões extrapolam o limite democrático, o foco do diálogo passa a ser a eliminação do outro.

Para Joseph Schumpeter, “o método democrático é o arranjo institucional para se chegar a decisões políticas em que os indivíduos adquirem o poder de decidir através de uma luta competitiva pelos votos do povo”

Sim. A alternativa básica, racional e humanamente aceitável já esta entre nós. A busca pelo CONSENSO que segundo Mário Sergio Cortella defini-se:

“O consenso não é a derrota de quem não teve a sua ideia vitoriosa. O consenso é a possibilidade de quem não teve sua ideia vitoriosa imaginar que isso não é definitivo e que poderá ser vitorioso em outro momento. Enquanto isso eu vou juntando capacidade para faze-lo.”

Assim, a cultura da paz, a cultura da aceitação e da construção de pontes para mediar debates políticos se faz necessária. Os métodos de soluções de conflitos permitem que o antagonismo político seja permeando pelas diferentes visões de mundo, acolhendo à todos e finalmente gerando maior aprendizado com o diferente. O discurso de ódio não educa, logo não pode ser aceito.

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