Os dados mundiais crescem exponencialmente, hoje 01 em cada 59 crianças nascidas possui Transtorno do Espectro Autista (TEA). E este número sofreu aumento de 15% em apenas dois anos em todo o mundo. O fator responsável: o diagnostico adequados e a conscientização. De acordo com a supervisora clínica da Clínica Infantil Multidisciplinar Ninho, Carmo Pascoal:
“o diagnóstico precoce é fundamental para que a criança possa se desenvolver de forma saudável.”
No Brasil, estima-se que existam 150 mil casos diagnosticados, além de milhões sem diagnóstico. Em 19 de julho de 2017 foi sancionada a Lei 13.861/19 que inclui no censo do IBGE levantamento estatístico sobre autismo. Atualmente o Brasil não possui dados relativos ao número de pessoas portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA), deixando um grande vazio em relação atendimento das suas necessidades.
Com a inclusão do IBGE, será possível identificar o número de pessoas com autismo e desenvolver políticas públicas adequadas as inovações científicas, diagnósticos e tratamento. A identificação estatística da comunidade autista será fundamental para que esses sujeitos possam ter mais autonomia no seu dia-a-dia, e que possam, assim, desfrutar dos direitos e deveres na condição de cidadãos.
Alguns exemplos de política pública que se espera:
No sistema de saúde, o diagnóstico precoce com o encaminhamento ao tratamento eficaz do distúrbio, proporcionando que as pessoas com TEA tenham acesso a um atendimento terapêutico comportamental.
No sistema educacional, propiciar mecanismo de inclusão e convívio ao meio social, visando melhoria na qualidade de vida, bem como proporcionar um suporte eficaz a seus familiares. Defende Cleonice Bosa, psicóloga e pesquisadora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS):
“O que é válido para o autismo é também válido para as demais crianças, como a necessidade de atenção, sensibilidade, carinho, estimulação e exploração do ambiente. Desse modo, não há uma receita ou fórmula pronta. Cada tratamento é diferenciado e pensado conforme as necessidades e a fase de desenvolvimento em que está cada criança.”
Assim, quanto mais cedo forem detectadas características autistas, e for iniciado o tratamento adequado, com psicólogos, fonoaudiólogos, neurologistas, melhor será a qualidade de vida da pessoa com autismo e sua família.
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